Joseph puig
Josep Maria Puig (1998), educador e pesquisador da Universidade de Barcelona, apresentou uma concepção sistêmica da dimensão moral.
Puig identificou a moral como sendo a principal característica da personalidade, pois ela é a que determina todas as demais. A personalidade moral pode ser entendida, ainda que de forma bastante simplificada, como a resultante (sempre inacabada) de uma tarefa de construção e reconstrução, ao mesmo tempo pessoal e coletiva, de formas de vida consideradas valiosas e desejáveis.
A personalidade moral não é descoberta ou escolhida, ela exige um trabalho contínuo de elaboração pessoal, social e cultural. Apesar de ser também uma construção social, a personalidade moral é a forma individual (singular) pela qual o sujeito adapta-se a si mesmo e à sociedade.
A construção da Personalidade Moral
A educação moral deve ter tanto a participação do meio e também a do próprio sujeito. A construção da personalidade moral é tarefa que não pode ser cumprida por uma dessas instâncias de forma isolada. A mera transmissão de conceitos e normas morais ou a exigência do cumprimento destas não é, segundo sua visão, uma concepção que legitimamente possa ser denominada de educação moral, visto que não atinge o alvo de contribuir para a construção da personalidade moral.
A pessoa moral é aquela que possui tanto a competência para compreender com clareza o que lhe parece correto diante de situações controvertidas, quanto o sentimento de estar obrigado por si mesmo a faze-lo com independência dos pontos de vista e das pressões dos demais.
Puig considera o comportamento moral menos importante que a consciência moral, sendo que o desenvolvimento desta mais importante para o processo educativo que a simples exteriorização daquele. Por que o comportamento poderá ser apenas simples atos mecânicos, mas por outro lado, o desenvolvimento da consciência moral resulta em ações ou comportamentos morais.
Impossível falar de sujeito moral