Assassinos em serie
Por que há assassinos em massa?
Matanças como o recente massacre de Oslo ou o de Columbine impressionam a opinião pública, que não consegue entender que alguém possa desencadear a sangue-frio uma tragédia de semelhantes dimensões. Procuramos, aqui, introduzir-nos na mente desses assassinos.
No dia 14 de Setembro de 1989, Joseph T. Wesbecker, funcionário de uma empresa tipográfica do Kentucky, chegou ao local de trabalho com um saco de desporto. Lá dentro, havia duas espingardas semi-automáticas, uma Kalashnikov AK-47, um revólver calibre 38, uma pistola alemã semi-automática de 9 mm, uma baioneta e 1 100 balas. Ao contrário do que fazia sempre, subiu as escadas em direcção aos gabinetes dos executivos. Estavam vazios: os chefes não madrugavam. Foi-lhe indiferente: sem vacilar, tirou as armas e começou a disparar contra as secretárias, que fugiram, tomadas de pânico. Em seguida, desceu à tipografia e percorreu os corredores sem deixar de disparar. Daí, passou pelo escritório do supervisor e pelas salas de reuniões, nas quais prosseguiu a orgia de sangue. Depois de aniquilar sete pessoas e ferir outras 12, sentou-se tranquilamente e desferiu um tiro na cabeça.
Quando a polícia investigou a personalidade do agressor, descobriu que o seu casamento tinha terminado e que o filho fora detido em várias ocasiões. Psicologicamente afectado, Wesbecker estivera, primeiro, de baixa médica e, depois, fora obrigado a pedir a reforma antecipada. A sua reacção perante tanta infelicidade foi transformar-se num assassino em massa. Segundo os criminologistas, a denominação é atribuída a quem põe fim à vida de quatro ou mais pessoas em simultâneo ou num curto espaço de tempo, sem haver um “período de arrefecimento”. É isso que os distingue dos assassinos em série, os quais deixam passar algum tempo (dias, meses ou anos) entre os crimes.
“Atenção, temos um 124!”
Em termos técnicos, este tipo de ocorrências inclui, sobretudo, as mortes violentas registadas no