Jeitinho brasileiro
Você sabe com quem está falando?
O Brasil, é o país tipicamente conhecido, como a terra do jeitinho, pois isso nos caracteriza, como diferente de alguns outros países. Enquanto, que nos países de primeiro mundo, a regra, se impõe a exceção, no Brasil, ocorre a inversão, onde as ‘exceções’, são colocadas em plano acima da regra, daí vem o jeitinho brasileiro, que segundo Lívia Barbosa, seria a arte de ser mais igual que os outros. Na verdade, o jeitinho, é sempre uma forma especial de resolver alguns imprevistos, e onde o beneficiado, por ventura, usa de algum método, para convencer quem irá beneficiá-lo, de que sua condição, exige esse jeitinho. Em tese, o jeitinho brasileiro, acaba sendo uma troca de favores, onde essa forma especial de ser resolvida, resulta da boa vontade de algum individuo, e em quase todas as ocasiões, acabam burlando, alguma norma. A “boa vontade” é fundamental, pois não implica que seja obrigatório estar realizando aquela tarefa, uma vez que, se o procedimento comum, fosse por esta via, deixaria de ser o jeitinho brasileiro. É difícil afirmar, quando exatamente tal favor, deixa de ser um jeitinho e passa a ser corrupção, mas de fato não é complicado dizer que o jeitinho em demasia, leva a corrupção. Dentro desse parâmetro, Barbosa (1992), vai dividir essa prática em três categorias, que seriam os estágios do jeitinho. O favor, que é algo positivo, o jeito que dependendo da situação pode ser negativo ou positivo, e a corrupção, que é de modo óbvio negativo. E o que pode caracterizar a transição entre um e o outro, é o contexto no qual a ação é praticada e quais pessoas estão envolvidas. O brasileiro, que durante muito tempo, recebeu carinhosamente, codinomes como: hospitaleiro, amáveis, imprime isto de forma clara no jeitinho, pois há uma cumplicidade e reciprocidade, nas pessoas que são habituadas a prática do jeitinho brasileiro. Quem vai pedir o favor a alguma pessoa, certamente espera que o outro o