Jeitinho brasileiro
Conceituando o “jeitinho” encontramos vário significados para justificar a prática usual na cultura da sociedade brasileira. Pasmem, o jeitinho brasileiro é nosso, produto exclusivo da nossa gente.
Sua usualidade em desde os primórdios da nação brasileira, quando a carta regida por Caminha, comunicava o Descobrimento do Brasil, aproveitando para pedir AP Rei de Portugual emprego para um parente. Como se não bastasse às formas de apropriação e exploração dos recursos naturais de nosso pais ficou muito longe dos mais elementares princípios da ética. No Brasil colônia as riquezas foram distribuídas aos amigos do rei e da sua corte. Extensões de terras sem fins transformadas em capitanias hereditárias. Extraíram do solo brasileiro fabulosas quantidades de madeira e ouro, junto com isso, subjugaram pessoas trazidas de terras distantes, submetendo-os ao trabalho escravo e a toda a sorte de humilhação.
Confiantes de que os pobres são para servir os ricos, semearam em nosso país uma mentalidade escravagista, com a cumplicidade da igreja da época que induzia o povo a aceitar a servidão e a pobreza com resignação, como se fosse desígnios de Deus.
Essa herança cultural poderá estar ainda produzindo comportamentos marcantes, comuns a muitas organizações de nossos dias, onde destacamos a confiança no “jeitinho” e na criatividade como recursos preferências para contornar os problemas.
O Antropólogo DAMATTA (1988) afirma “ O jeitinho se confunde com corrupção porque desiguala o que deveria ser tratado com igualdade” é o resultado da distinção que existe na sociedade brasileira entre a noção de indivíduo e de pessoa. Para ele as duas noções operam simultaneamente, desde o processo de formação do Brasil. É possível fazer funcionar o
“jeitinho” porque o assunto começa sempre com alguém que conhece alguém que pode ajudar a resolver mais rapidamente e com menos complicações e burocracia uma situação dada.
Dessa forma,