Jornalista
O texto “Convergência de Interesses”, de Alex Primo, debate a relação entre a grande mídia e o público. O autor busca colocar em contexto a nova forma de comunicação e jornalismo, expondo que toda a discussão sobre democratização da mídia é relativizada. Primo envolve o leitor em indagações sobre os dois lados, sobre como a indústria lucra com as “interferências” do público no meio midiático. Mais além, ele cita o texto de Jenkins como relevante para os dois lados, de forma que, para os fãs, esse texto converge para a resistência e a apropriação do conteúdo que a grande mídia divulga fazendo uma análise acerca de sua estrutura e verdade. O que está se tornando rotineiro é a notícia que é divulgada pelo público.
Alex afirma de forma significativa que muitas promessas não foram cumpridas, e que agora, neste período "pós-revolução cibercultural", precisamos diminuir a euforia e observar de forma crítica o que de fato melhorou e quais foram as promessas frustradas desse momento. Visivelmente, o espaço da cibercultura aumentou o poder de interferência do receptor na forma em que as informações são divulgadas pela grande mídia. Um exemplo disso foi a mudança de abordagem há pouco tempo sobre as manifestações. Mas, mesmo a web sendo um espaço livre e, portanto, palco de produções independentes, as grandes mídias também estão presentes nesse campo, e ainda são elas que atingem o grande público graças a credibilidade que ainda têm.
Uma utópica propaganda da revolução digital e de como seria transformado o mundo foi feita com base na cibercultura. É fato que a Internet propiciou uma plataforma com mais liberdade de o usuário se tornar um polo emissor por meio de blogs, YouTube, etc. Mas por outro lado, concluímos também que as grandes mídias também são asseguradas por fortes monopólios do mesmo meio de comunicação.
O autor ressalta que a democratização da mídia veio como