Jornalista
Ivan Gomes Barbosa
Luana Corrêa Costa
Professor: Charles Nisz Lourenço
Cultura da Interface
Steven Johnson
Capítulo 3: Janelas
Memória espacial x memória textual
O apelo à memória espacial é parte essencial da interface gráfica contemporânea, mas ele se prende sobretudo a coisas como a barra de menu e a localização dos ícones do Desktop. Para os demais itens, organizamos a informação textualmente, em termos de categorias que nós mesmos definimos. A dimensão espacial é mera ilusão, porque o que lembramos realmente é o nome da pasta do que “onde” pusemos o arquivo.
Se a janelas não aproveitam o nosso potencial visual, então, para que servem?
1. Ver dois documentos ao mesmo tempo;
2. Ziguezaguear entre documentos com um único clique no mouse;
A janela se revelou um meio de visualizar o que os programadores chamam de alternância de modo. Em outras palavras, trabalhar com mais de um documento.
Desconexão com o mundo: Agora é difícil imaginar um mundo sem janelas.
Sherry Turkle (ciberfilósofo): A janela é um modo de pensar múltiplo; “múltiplos pontos de vista”.
Sven Birkerts (cético do high tech): A janela é menos uma questão de múltiplos-eus e mais uma questão de distúrbio do déficit de atenção (DDA).
Allan Bloom e Dinesh D’Souza (críticos culturais conservadores): Rejeitam a ideia duvidosamente “continental” de múltiplas verdades ou perspectivismo. Eles iriam considerar essa moldagem deplorável mais uma influência perniciosa a seduzir a juventude americana, assim como a televisão ou as letras de rap.
Steven Johnson acredita que, com a janela, o espaço da tela ganhou níveis de profundidade, ficando mais múltiplo. E, de todas as inovações da interface, foi a janela que mais contribuiu para tornar isso possível.
Nomenclatura “janela”: A familiaridade dos termos apagou seu valor retórico. Não pensamos mais em nossas janelas virtuais como análogas às versões do mundo real. Elas compõem uma espécie à parte.