Jornalismo
COMPONENTE CURRICULAR – REDAÇÃO EM REVISTA
ALUNA – EVELINNE DOURADO
TEXTO EM REVISTA: HIPERMIDIÁTICO
As narrativas midiáticas podem ser tanto fáticas (as notícias, reportagens, documentários, transmissões ao vivo, etc.) quanto fictícias (telenovelas, videoclipes musicais, filmes, histórias em quadrinhos, alguns comerciais da TV, etc.). Produtos veiculados pela mídia exploram essas narrativas fáticas, imaginárias ou híbridas, procurando ganhar a adesão do leitor, ouvinte ou telespectador, envolvendo-o e provocar certos efeitos de sentido. Exploram o fático para causar o efeito de real, a objetividade, e o fictício, para causar efeitos emocionais, a subjetividade. Jornalistas, produtores e diretores de TV e cinema, roteiristas e publicitários sabem que os homens e mulheres vivem narrativamente o seu mundo, constroem temporalmente suas experiências. Por isso exploram com profissionalismo o discurso narrativo e publicitário para causar efeitos de sentido – e, na revista, esta prática é constante.
Essa lógica pressupõe a existência de mediadores sociais, responsáveis por definir quais assuntos e abordagens são de interesse público. Os jornalistas são legítimos representantes desses mediadores, pela lógica transmissiva dos meios de massa. Ao contrário dos antigos moldes dos meios de comunicação de massa, cujos recursos de linguagem não permitiam a interlocução direta entre emissores e receptores nem alteração das informações em curso, os recursos da linguagem hipermidiática se caracterizam, justamente, por serem dialógicos. Assim, multimidialidade, hipertextualidade e interatividade participam, em maior ou menor grau, dos processos comunicativos na revista, caracterizando as mediações sociais hipermidiáticas. Os recursos de linguagem, porém, permitem que leitores e jornalistas dialoguem em torno da informação, tornando-a dinâmica, instável e ajustável aos seus interesses circunstanciais. A informação, nesse contexto, é fruto da