John Locke
Locke busca conhecer de modo mais profundo as capacidades da razão humana, o que é próprio da razão e o que não é, busca conhecer melhor quais são as reais qualidades e possibilidades da nossa razão. Espera dessa forma definir a origem das nossas ideias e qual é o valor dos conhecimentos que conseguimos ter, definir onde começa e até onde pode ir nossa capacidade de conhecer. Saber sobre o que nosso intelecto pode ou não ocupar-se. Se conhecermos quais os limites da nossa capacidade de conhecimento não vamos gastar energia com coisas que estão além do nosso poder e fugiremos de disputas intelectuais sobre as quais não conhecemos o suficiente. Conhecendo os limites da nossa capacidade de conhecer, conheceremos os limites da nossa ignorância e a falibilidade das nossas ideias.
A razão tem seus limites porque depende da experiência para conhecer, é a experiência que fornece o conteúdo sobre o qual nossa razão vai trabalhar. A razão por si só não consegue produzir e criar nada. Nossas ideias tem origem nas nossas experiências. Pensar e ter ideias são a mesma coisa e o nosso intelecto é passivo e depende da experiência para se tornar ativo. Para Locke não existem ideias inatas, que nascem com as pessoas, as pessoas tiram suas ideias das experiências de sua vida. Essas ideias que tiramos da experiência são ideias simples e nosso intelecto tem a capacidade de combinar essas ideias e criar ideias complexas.
Existem dois tipos de experiências, as externas, das quais derivam as sensações, e as internas, das quais resultam as reflexões. Nossas ideias estão em nossa mente, mas no mundo externo existe algo que tem a capacidade de produzir em nós essas ideias. Essas ideias estão vinculadas à linguagem que nasce da necessidade que os homens têm de se comunicar. A linguagem é a convenção de sinais que representam ideias que usamos acreditando que eles existem também nas outras pessoas.
Sobre a ética, Locke acreditava que ela tem que ser demonstrada racionalmente,