John dewey
Denomina-se referenciação as diversas formas de introdução, no texto, de novas entidades ou referentes. Quando tais referentes são retomados mais adiante ou servem de base para a introdução de novos referentes, tem-se o que se denomina progressão referencial
Estratégias de Referenciação
Introdução (construção): quando algo é introduzido no texto, sem ter sido especificado anteriormente, ficando saliente no modelo textual.
(1)Pedro Malasartes andava pelo mundo, sempre criando novas artimanhas para sair de suas dificuldades. Um dia, em companhia de dois amigos andarilhos, chegou a uma estalagem cujo dono era bem conhecido por sua avareza.
-Retomada (manutenção): trata-se da reativação de um referente já previamente introduzido no texto. Em (1), o pronome nulo em: ‘(ele) chegou a uma estalagem..’ representa um processo de retomada do referente Pedro Malasartes. Tal retomada é denominada anáfora(*) pronominal.
- Desfocalização: quando um novo objeto de discurso é introduzido passando a ocupar o foco. No entanto, o objeto retirado fica em ‘stand by’, ou seja, continua disponível para ser reutilizado. Abaixo, o elemento estalagem representa uma nova posição focal no texto. Vejamos uma estratégia de desfocalização do ‘objeto’ Pedro Malasartes
Introdução e retomada de referentes
Existem duas maneiras de se introduzir referentes no discurso. Koch e Elias (2007) as nomeiam como introdução ancorada e introdução não ancorada. A não ancorada representa a entrada de um objeto-de-discurso totalmente novo no texto, como em (1) Pedro Malasartes. Já na introdução ancorada é possível que se estabeleça uma relação associativa com o co-texto ou com o contexto sociocognitivo. Vejamos o exemplo: No último quadrinho da tirinha, foi introduzido um novo referente – o vinho – que associamos aos elementos contextuais alcoólatra e vício no primeiro quadrinho e ao contexto sociocognitivo.
Estão entre esses