Jogos Virtuais
Os “exergames”, de acordo com especialistas, podem proporcionar gasto de energia semelhante ao de uma caminhada de 5 km/h
Foi-se o tempo em que jogar videogame era sinônimo de sedentarismo. Com a propagação dos chamados “exergames” no mercado, a tendência agora é gastar calorias em frente da televisão. A prática dos jogos que utilizam movimentos do corpo como interação com a realidade virtual é vista por especialistas como mais uma ferramenta para o controle do peso de crianças e adolescentes. É a atividade física aliando-se à tecnologia.
Coordenador do programa de pós-graduação em Educação Física da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Paulo Roberto Amorim avalia que a intensidade da atividade física proporcionada por esses jogos vai de moderada a vigorosa. O estudo “Gasto energético e intensidade dos jogos ativos em crianças e adolescentes”, realizado na universidade sob a orientação dele, mostrou que “exergames” podem contribuir para que o público infanto-juvenil atinja os 60 minutos diários de exercícios físicos recomendados.
A pesquisa fez parte da dissertação de mestrado da estudante Karina Canabrava, defendida neste ano. “Todos os jogos que utilizamos promoveram dispêndio de energia diferente do de níveis de repouso e com similaridade a caminhadas com velocidade acima das habitualmente realizadas por crianças, e até igual à velocidade de 5 km/hora, que seria uma caminhada rápida para esse público”, diz.
Segundo Amorim, os níveis de consumo de oxigênio e frequência cardíaca durante os testes também foram semelhantes aos obtidos em uma caminhada de 5 km/hora. Variações ocorreram, contudo, em função das características da composição corporal dos participantes. Os valores individuais de calorias gastas mudaram de acordo com a idade e o tipo dos jogos.
Brincadeiras tradicionais são essenciais Além de funcionarem como ferramenta para emagrecer brincando, os “exergames” vêm sendo utilizados no tratamento e na