jogos indigenas
Os Jogos dos Povos Indígenas é um evento de competição esportiva criado em 1996 através de uma iniciativa indígena brasileira, do Comitê Intertribal - Memória e Ciência Indígena (ITC), com o apoio do Ministério do Esporte do Brasil. O primeiro foi realizado em Goiânia, capital do estado de Goiás. O responsável pela articulação junto aos povos indígenas e a organização desportiva, cultural, espiritual e tradicional é o líder indígena Marcos Terena, que também é fundador e presidente do ITC. Carlos Terena, irmão de Marcos, é o organizador executivo e um dos idealizadores dos Jogos. No total já foram mais de 150 povos indígenas brasileiros reunidos, tais como Xavante, Bororo, Pareci, Guarani. Inclusive houve delegações estrangeiras indígenas vindas do Canadá e da Guiana Francesa.
Modalidades
Arco e Flecha
Os povos indígenas usavam muito esse instrumento como arma de guerra. Atualmente, é usado para a caça, pesca e rituais, e tornou-se também uma prática esportiva, sendo disputada entre aldeias e até com não-indígenas. Na maioria das tribos indígenas brasileiras, o arco é feito do caule de uma palmeira chamada tucum, de cor escura, muito encontrada próxima aos rios. O povo Gavião, do Pará o confecciona com a madeira de cor vermelha chamada aruerinha. Os povos do Xingu utilizam o pau-ferro, o aratazeiro, o pau d'arco e o ipê amarelo. Os índios do alto Amazonas usam muito a pupunha, e as tribos da língua tupi são as únicas que, às vezes, utilizam a madeira das palmeiras. O padrão do tamanho do arco obedece à necessidade de seu uso, de acordo com a cultura de cada povo.
A flecha é feita de uma espécie de bambu, chamada taquaral ou caninha. A ponta é feita de acordo com a tecnologia de cada etnia. Há aquelas flechas mais longas e as pontas tipo serra, muito usada para a pesca. Outras pontas são feitas com a própria madeira da flecha. Alguns povos colocam ossos e mesmo dentes de animais. Há outras flechas praticamente sem ponta, mas com uma espécie