Filosofia
O mito como explicação para tudo é desta forma que podemos definir de modo simples a base do pensamento mitológico. Não se procurava uma explicação fundamentada e estudada para os acontecimentos, tudo se dava como uma consequência para determinado ato. O mito se formava a partir de cada tradição cultural, não era pré-determinado ou fruto de um individuo apenas, se formava a partir da visão de cada povo se diferenciando assim de uma cultura para outra.
“Um dos elementos centrais do pensamento mítico e de sua forma de explicar a realidade é o apelo ao sobrenatural, ao mistério, ao sagrado, a magia.” (PARTE I: FILOSOFIA ANTIGA). Nesta frase podemos ver o mito ligado a religião. A explicação que se dava para os acontecimentos naturais como catástrofes, doenças, etc, era de que tudo acontecia como um castigo para determinado ato considerado errado que despertava a ira dos Deuses, explicação vinda assim do sobrenatural, do mistério, algo que não era visto e consequentemente não podia ser explicado. Dessa forma tínhamos a explicação dada por aquilo que não podia ser explicado.
Transição do Pensamento Mitológico para o Pensamento Filosófico
Foi por volta do século VI a. C. com Tales de Mileto , considerado o pai da Filosofia por Aristóteles, que se iniciou o pensamento filosófico e consequentemente a ruptura do pensamento mítico. Esse passo foi dado pela insatisfação que se teve em buscar a explicação naquilo que não existia ou que pelo menos não podia ser visto.
“A chave da explicação do mundo de nossa experiência estaria então, para esses pensadores, no próprio mundo, e não fora dele, em alguma realidade misteriosa e inacessível. O mundo se abre, assim, ao conhecimento, a possibilidade de total explicação – ao menos em princípio – a ciência portanto.” (PARTE I: FILOSOFIA ANTIGA). Neste fragmento retirado de um dos textos base podemos observar o que seria a base para o pensamento filosófico, as explicações seriam buscadas no mundo natural. É