Joaquim Cardozo
(Recife, 26 de agosto de 1897 – Olinda, 4 de novembro de 1978)
Joaquim Cardozo foi um homem de múltiplas atividade Engenheiro Civil, professor universitário, poeta, contista, desenhista, editor de revista especializado em arte e arquitetura. Nasceu no dia 26 de agosto de 1897, no Recife, bairro do Zumbi, à época região de várzea do rio Capibaribe. Foi o nono dos doze filhos do guarda-livros José Antônio Cardoso e de Elvira Moreira Cardoso. O sobrado dos pais onde passou parte de sua infância ainda existe. Situado no nº 624 da Avenida Caxangá, serve de sede ao Cacique, tradicional time de futebol do bairro. Dentro da casa, uma placa, que ninguém lê, deixada por um de nossos governantes, registra que ali morou o “Poeta e calculista de Brasília”.
Em 1910, Joaquim Cardozo, então com 13 anos, mudou-se com a família para Jaboatão e começou seus estudos no Ginásio Pernambucano do Recife. Suas idas e vindas de trem ao Recife levaram-no a conhecer os companheiros de início de vida literária, os irmãos Benedito e Honório Monteiro. Com eles, funda o pequeno jornal O Arrabalde. Nas edições de 15 e 30 de novembro de 1913, Joaquim Cardozo escreve seu primeiro texto conhecido, um artigo intitulado Astronomia alegre.
Escrito em forma de diálogo, tem o propósito de explicar, didaticamente, as mudanças do brilho nos astros. Com o desaparecimento do jornal, parte do artigo, no qual Joaquim Cardozo já tenta unir ciência e poesia, permanece inédito.
Aos 17 anos volta a morar no Recife e começa a trabalhar como caricaturista no jornal Diário de Pernambuco, ilustrando versos satíricos do jornalista Jáder de Andrade, numa colaboração que dura oito meses. Logo em seguida, ingressa na Escola Livre de Engenharia e passa a executar trabalhos de topógrafo que o levam a conhecer em profundidade não apenas a cidade do Recife (contratado pelo engenheiro Domingos Ferreira para levantamentos topográficos), mas outras regiões do Nordeste, como a Baía