jihad reportagem
A explicação quanto as duas formas de Jihad não está presente no Alcorão, mas sim nos ditos de Maomé: Uma, a "Jihad Maior", é descrita como uma luta do indivíduo consigo mesmo, pelo domínio da alma; e a outra: a "Jihad Menor", é descrita como um esforço que os muçulmanos fazem para levar a teoria do Islã a outras pessoas. Esta divisão só surge, porém, no século XI num livro de al-Khatib al-Baghdadiis que transmite aquele referido dito de Maomé. Ou seja: antes deste período apenas havia uma jihad e essa, de acordo com os textos fundacionais do Islão, era a "Jihad Menor" como se pode ver na surah 4:95 do Corão. Com efeito, nenhuma das quatro escolas de jurisprudência sunitas, nem a tradição xiita, se referem à "Jihad Maior". Mas não só: nenhuma das seis maiores colecções de hadith (Sahih Bukhari; Sahih Muslim; Dawud; al-Sughra; Tirmidhi e Ibn Majah), que a seguir ao Corão são os textos mais importantes para a formação identitária e teológica do Islão, se referem, nas 200 vezes que se reportam a jihad, à "Jihad Maior", mas apenas à jihad de luta exterior e conquista. Ou seja: dizer que a verdadeira jihad é uma luta interior é, não só, uma posição herética face àquelas escolas ortodoxas de jurisprudência, mas ir contra as próprias palavras do profeta muçulmano Maomé que, por exemplo, disse:
1. «Está escrito que Amr bin Abasah disse: “fui ter com Maomé e perguntei: ‘Oh mensageiro de Alá, qual é a melhor jihad? Maomé disse: ‘A de um homem cujo