Jetro
O episódio relatado no livro de Êxodo é muito conhecido dos cristãos, e muito utilizado no mundo corporativo. O conselho de Jetro instituiu um regime de Governança avançado até para os dias de hoje. Ao invés de poder centralizado no líder Moisés, o poder deveria estar distribuído em pequenos, médios e grandes grupos de pessoas reconhecidas, capacitadas e tementes a Deus. Mas pouco é comentado sobre os pressupostos que viabilizaram tal conselho, sobre as premissas de como ele foi recebido e implantado, gerando êxito na história daquele povo. Vejamos algumas reflexões a respeito:
Da parte de Jetro
Isenção partidária – Jetro era de uma terra distante. Não estava envolvido com os interesses pessoais e partidários das diferentes famílias ou segmentos do povo. Sua observação clínica e profunda advém de um olhar isento de “outros interesses”, a não ser no bem estar de Moisés, de sua família e do povo. Se havia algum interesse era pela saúde física e emocional de todos. Multiplicar a liderança e atá-la a uma rede de relacionamentos e prestação de contas fazia todo o sentido. Bons conselhos devem estar isentos de interesses pessoais.
Comprometimento pessoal – Apesar de não demonstrar interesse partidário, seu envolvimento pessoal com Moisés era inquestionável. Era seu sogro, avô de seus filhos. Recebeu-o em sua terra quando Moisés havia fugido do Egito. Tinham laços de amizade e parentesco. A saúde de Moisés afetaria a alegria e bem estar da filha de Jetro. Bons conselhos advêm de pessoas que realmente nos amam.
Confiança na provisão divina – Quando Jetro apontou a solução, partiu do pressuposto que esses homens que se tornariam líderes estavam lá. Tantos anos de escravidão poderiam ter anulado a capacidade e vontade de liderar. Escravo não lidera. Escravo obedece. Contrariamente a isso, Jetro apontou que as pessoas estavam lá. Deveriam ser localizadas, desafiadas e posicionadas. A provisão de