Jean sartre
Considerado por muitos o símbolo do intelectual engajado, Sartre adaptava sempre sua ação às suas idéias, e o fazia sempre como ato político. Em 1964 recebe o Nobel de Literatura, que ele recusa pois segundo ele "nenhum escritor pode ser transformado em instituição".
Usa o termo humanismo no sentido de que toda a ação passa pela subjetividade, assim toda a ação é humana, seja repugnante ou não. Ao nos depararmos com algo injusto, segundo a concepção existencialista, pensaremos “isto é humano”. É uma visão otimista: se é humano, posso ou não praticar este ato. Mesmo os filósofos ateus, como o filósofo prussiano Emmanuel Kant, adotam a idéia de que a essência precede a existência, o homem é aquilo que faz. “o homem antes de mais nada, é um projeto que se vive subjetivamente”. Não somos aquilo que queremos ser, mas somos o projeto que estamos vivendo e este projeto é uma escolha, cuja responsabilidade é apenas do próprio homem.
O existencialismo transcende a idéia do subjetivismo individualista que os críticos querem imputar-lhe. Ao escolher o homem que deseja ser, o homem está julgando como todos os homens devem ser. O homem que nega a angústia tem na angústia a sua própria forma de existir. Quando responsável e perante qualquer decisão, sente-se angustiado. Mas tal angústia não o impede de agir, pelo contrário, implica na ação. O homem faz-se a si próprio, é livre: tem total liberdade para escolher o que se torna, é responsável por sua paixão.