Jean Piaget
Epistemologia Genética
A teoria de Piaget do desenvolvimento cognitivo (Epistemologia Genética) é uma teoria de etapas, uma teoria que pressupõe que os seres humanos passam por uma série de mudanças ordenadas e previsíveis.
Para Piaget o comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo. Esta teoria epistemológica (epistemo = conhecimento; e logia = estudo) é caracterizada como interacionista. A inteligência do indivíduo, como adaptação a situações novas, portanto, está relacionada com a complexidade desta interação do indivíduo com o meio. Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será o indivíduo. As teorias piagetianas abrem campo de estudo não somente para a psicologia do desenvolvimento, mas também para a sociologia e para a antropologia, além de permitir que os pedagogos tracem uma metodologia baseada em suas descobertas.
Existem 2 aspetos principais nesta teoria:
1 - O processo de conhecer;
2 - Os estádios/ etapas pelos quais nós passamos à medida que adquirimos essa habilidade.
Como biólogo, Piaget estava interessado em como é que um organismo se adapta ao seu ambiente (ele descreveu esta capacidade como inteligência).O comportamento é controlado através de organizações mentais denominadas “esquemas”, que o indivíduo utiliza para representar o mundo e para designar as ações. Essa adaptação é guiada por uma orientação biológica para obter o balanço entre esses esquemas e o ambiente em que está. (equilibração).Assim, estabelecer um desequilíbrio é a motivação primária para alterar as estruturas mentais do indivíduo.
Piaget descreveu 2 processos utilizados pelo sujeito na sua tentativa de adaptação:
Assimilação: moldar novas informações para encaixar nos esquemas existentes.
Acomodação: mudança nos esquemas existentes pela alteração de antigas formas de pensar ou agir.
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