Jean-Paul Sartre nasceu na cidade de Paris, França, em 21 de junho de 1905. Filho de Jean-Baptiste Marie Eymard Sartre, oficial da marinha francesa, e de Anne-Marie Sartre, mudou-se com sua família, após o seu nascimento, para a cidade Thiviers, onde seu pai faleceu em 21 de setembro de 1906 devido a complicações de uma doença crônica adquirida em uma missão na Cochinchina. Quando tinha apenas 15 meses, Jean-Paul muda-se para Meudon com sua mãe passando a morar na casa de seus avós maternos. Viveram na cidade de Meudon até 1911. Jean-Paul era chamado de “Poulou” e considerava sua mãe como uma irmã mais velha. No período da sua infância até o fim da adolescência , Sartre vivia uma vida burguesa, cercado de carinhos e proteção. Até os 10 anos de idade foi educado em sua própria casa por seu avô e alguns educadores contratados. A família Schweitzer, em 1911, muda-se para a ciade de Paris onde Sartre passa a ter acesso as obras clássicas francesas e alemãs pertencentes ao seu avô. Após aprender a ler, Jean-Paul mescla a leitura de clássicos autores como Victor Hugo com quadrinhos de aventura que sua mãe comprava semanalmente escondido do seu avô. Conhece também a arte do cinema que mais tarde se tornaria um dos seus principais interesses. Incentivado pela mãe , tio e por uma professora, Sartre passou a encontrar sua verdadeira vocação na escrita. Apenas seu avô que o desencorajava da escrita induzindo-o a seguir carreira de professor de letras. Não via no seu neto o talento que os demais enxergavam, e por isso conduziu-o a tornar-se professor e escrever apenas como segunda atividade. Com sua mãe casando-se novamente com Joseph Mancy, em 14 de abril de 1917, muda-se com Sartre para a casa de seu marido em La Rochelle livrando-se da dependência de seus pais. Sartre entra em contato pela primeira vez com imigrantes negros, entre outros e depois reconheceria esse tempo como o berço de seu anticolonialismo e o início dos abandonos dos valores burgueses.