jane jacobs
Mesmo sabendo que grande parte das idéias contidas neste livro não se referem à realidade urbana e metropolitana de países como o Brasil, (o desenvolvimento desse comentário exigiria o dobro do espaço que foi atribuído a essa resenha) a leitura do livro é útil além de prazerosa. É sempre gratificante um contato com alguém que vê a cidade como uma construção complexa e valoriza a ação social sobre a realidade.
Tendo em vista essas propostas e também as considerações contidas na parte três do livro (sobre trânsito, habitação, gestão e planejamento) podemos concluir que uma etapa do que a autora se propôs, no parágrafo introdutório (“tentativa de introduzir novos princípios no planejamento urbano e na reurbanização”) não foi plenamente alcançada. As propostas não logram ser tão importantes e consistentes, quanto as críticas que são desenvolvidas na primeira parte do livro, embora contenham algumas sugestões interessantes.
Além desse, cabem ainda, rapidamente, dois reparos a essa obra que já se tornou clássica. O primeiro é que ela ignora as críticas ao urbanismo funcionalista feita por outros autores (arquitetos/urbanistas militantes, liderados pelo grupo inglês Team X) que se envolveram em debates no interior dos CIAMs – Congresso Internacional de Arquitetura
Moderna - após a segunda guerra mundial. O segundo CIAM, ocorrido em 1933, lançou a proposta da “Cidade