jane jacobs

Morte e Vida de Grandes Cidades – Jane Jacobs
Capítulo 1 - Introdução
Henrique Coelho

O livro pretende indicar uma nova base de princípios para o planejamento urbano e reurbanização, em contraste com as medidas oficialmente utilizadas e hegemonicamente vigentes. A autora infere que os projetos de reurbanização das áreas suburbanas têm, constantemente, falhado em seu objetivo de superar as falhas funcionais e na dimensão de construir um aspecto de vivacidade urbana. Condomínios habitacionais que segregam, estigmatizam e tornam aquela região ilhada em relação à sociedade circundante.
O raciocínio econômico de reurbanização vem acarretando na deturpação e expulsão de diversas formas de organização social, substituindo por espaços monótonos e desintegradores. Não há uma importância aos fatos reais e objetivos da construção e planejamento da cidade, quanto antes nos interesses estéticos, aparentes e menos nos interesses da urbanidade em si. Citando um exemplo recorrente, sobre o caos da mobilidade por meio massivo dos automóveis, infere que tal fenômeno seja um sintoma do incompetente planejamento, e não a causa.
A crítica é desdobrada, ainda na introdução, como se houvesse um costume ou um vício pelo olhar superficial e exterior da cidade e não no funcional ou substancial. North End é uma região bem exemplificada, uma zona de cortiços com bons índices sociais e boa solidariedade entre os indivíduos, porém destinado a reurbanização pela filosofia financeira, burocrata e planejadora dos meios urbanos oficiais. O planejamento urbano, segundo a autora, ainda nao se afastou de superstições, simbolismos e confortos ilusórios.
Jane evoca a idéia de relações funcionais densas como critério avaliativo dos meios urbanos. Destarte, catalisar esse processo seria função inerente ao planejamento e desenho urbano. Os critérios de reurbanização respeitam as considerações padrões da estética, de uma falsa ordem e menos a dinâmica social necessária para vitalidade. Naturalizam