Isaura
A história se passa nos primeiros anos do reinado de D.Pedro II, nos Campos de Goitacazes, à margem do Paraíba, no Rio de Janeiro. Malvina é moça rica e senhora da casa, onde mora Isaura, a escrava, bela e jovem, de propriedade da sogra, fazendeira abastada que, antes de morrer, pede à nora para olhar e libertar sua escrava predileta, educada e tratada como filha pela velha senhora, mãe de dois rapazes, Leôncio e Henrique.
Malvina é casada com Leôncio, proprietário da fazenda, onde o casal vive. A jovem esposa havia sido prometida a Leôncio por acordo dos pais e o moço, um perdulário, esbanja a fortuna paterna. O sogro de Malvina, um comendador devasso e agressivo voltou os olhos para a mãe de Isaura, Juliana. Esta se apaixona pelo feitor da fazenda, Miguel, e desse encontro nasce Isaura. Enfurecido com o comportamento da moça, o comendador a submete a tamanhos maus tratos que a escrava falece, deixando a filha, educada pela patroa solitária.
Destino semelhante parece estar reservado a Isaura. Leôncio passa a perseguir a moça, cortejando-a para seduzi-la. Tal ousadia provoca ciúmes na ex amante, a escrava, Rosa, que faz insinuações sobre o comportamento de Isaura para Malvina, tentando despertar ciúmes na patroa. No início Malvina resiste, porém acaba por acreditar em Rosa e Isaura é levada para a senzala, juntando-se às demais escravas. Dessa forma, fica mais próxima das atrocidades do patrão rejeitado.
Miguel, o pai de Isaura, resolve vir em socorro da filha, pois conseguira juntar os dez contos de réis, exigidos, na época, pelo comendador para a libertação da moça. Mas Leôncio se nega a entregar-lhe a filha, forçando-o a criar um plano de fuga para os dois. Fogem em um navio negreiro para o Recife, onde conseguem alugar uma chácara, afastada do grande centro. Vivem discretamente até que um jovem estudante de Direito, Álvaro, um liberal republicano, quase socialista e abolicionista exaltado, ouve Isaura cantando. Descobre a bela moça, que