Irradiação de alimentos
A radioatividade não possui apenas finalidades de destruição, mas também é bastante utilizada no cotidiano para fins pacíficos e que muitas vezes são despercebidas.
Uma delas é na irradiação dos alimentos com o objetivo de reduzir ou inativar parasitas, bactérias, larvas, fungos, ovos de insetos e micro-organismos responsáveis pela deterioração do alimento. Isso é especialmente importante em ambientes onde a armazenagem é inadequada, como navios da Marinha, tropas que vão para regiões tropicais, navios com longa permanência no mar etc. Essa técnica é até mesmo usada para a preservação de flores e plantas ornamentais.
Apesar de uma patente para o uso de radiação em alimentos ter sido publicada em 1929, foi somente após a Segunda Guerra Mundial que esta tecnologia recebeu atenção como método para conservação de alimentos.
Histórico
O uso de irradiação para preservar alimentos é um método eficaz e aconselhável, de acordo com várias evidências científicas. Grupos internacionais de cientistas estudaram este processo extensivamente e concluíram que a irradiação com doses recomendadas não é prejudicial. Nenhum resíduo de radioatividade permanece no alimento processado, como também nenhum efeito adverso é observado na qualidade nutricional. Existem vantagens em utilizar a irradiação, como destruir microrganismos patogênicos ou não presentes nos alimentos. Estes podem ser expostos à irradiação após o empacotamento, e alimentos tais como vegetais e frutas, quando irradiados, mantêm o seu frescor por longos períodos de tempo.
Primeira fábrica de irradiação de alimentos do Brasil foi inaugurada na terça-feira (13/05/2003) em Irajá, zona norte do Rio. No café da manhã, que foi oferecido às autoridades, foram servidas frutas irradiadas.
A tecnologia trazida ao país pela fábrica norte-americana Surebeam, promete prolongar a vida útil de legumes, frutas, grãos, cereais e especiarias, livrando-os de bactérias e reduzindo o volume de micróbios em produtos de