Iracema
Romantismo em Iracema de José de Alencar Iracema é uma obra em prosa do escritor romancista José de Alencar. É um texto em que suas páginas demonstram o predomínio da emoção, um amor proibido entre a índia, sacerdotisa que guardava o segredo da jurema e o colonizador português. O capitulo I nos da uma demonstração de nacionalidade onde o autor expressa toda a sua familiaridade com a terra da qual fala.
"Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba;
Verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros;
Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas. [...]
Uma linda história que me contaram nas lindas várzeas onde nasci [...]" (pag.17) Iracema é um a mulher idealizada:
"[...] a virgem dos lábios de mel que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso;nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado"(pag18) Da mesma forma que o autor descreve essa índia tão idealizada, tão formosa ele a compara a sua terra, ele demonstra
Um amor a essa terra que tanto fala e que mexe com a imaginação do leitor cada vez que ele descreve o lugar a qual se passa a historia. É impressionante como Alencar consegue fazer com que haja uma interação dos personagens com a natureza ao seu redor: com os pássaros, os rios, as praias são como se esses elementos refletissem as sensações humanas.
"Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto. Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda