Iracema

Iracema é uma obra escrita pelo escritor brasileiro José de Alencar. Um romance indianista que relata a história de uma jovem guerreira que pertence à tribo dos tabajaras, e é filha de Araquém, um velho pajé. Iracema, também considerada a “virgem dos lábios de mel”, tinha sua virgindade consagrada à divindade, pois guardava o segredo de Jurema (árvore que dá um fruto excessivamente amargo, do qual é preparada uma bebida alucinógena, que produz sonhos tão vivos e intensos, que a pessoa sente serem reais. A fabricação desse licor era um segredo explorado pelos pajés). Martim, o guerreiro branco que pertencia à tribo dos pitiguaras, estava caçando com seu povo e acabou se perdendo e parando nas terras dos tabajaras, seus inimigos. Durante sua longa caminhada pelas florestas, ele encontra Iracema, que fica assustada e acaba ferindo seu rosto com uma flechada. Ao olhar o jovem, a virgem ficou arrependida e correu para ajudá-lo, oferecendo hospitalidade a ele. Araquém, recebe o hóspede e pede para que as mais belas índias de sua tribo o sirvam, mas ele percebe que Iracema não está presente, devido ao fato de ter que preparar ao pajé a bebida de Jurema. Era noite e o povo tabajara estava comemorando e festejando, pois o chefe Irapuã havia vindo para comandar a guerra contra os pitiguaras. Martim, aproveitando-se da distração do povo, decidiu fugir. Quando entrou nas matas, Iracema surgiu a sua frente, impedindo-o de partir. Entristecida, pede para que o guerreiro espere a vinda de seu irmão Caubi, pois ele saberá guiá-lo pela enorme floresta. Ao amanhecer, Irapuã treinava seu povo para a batalha contra os pitiguaras. Martim e Iracema foram passear, conversaram muito, e a jovem percebeu a tristeza vinda do olhar do guerreiro, perguntou a ele se sua presença o entristecia ou se havia uma noiva a sua espera, Martim negou, disse a ela que o que o deixava angustiado era a saudade que sentia da pátria. Iracema disse-lhe:

“– A alegria