Teoria dos Ídolos
Ídolos da Tribo: Os Ídolos da Tribo estão fundados na própria natureza humana. A tribo para Bacon corresponde à raça humana. Os ídolos surgem quando o homem perceber a realidade a partir de apenas uma perspectiva. Essa perspectiva, para Bacon, guarda analogia com a natureza humana e não com o universo, tornando-a incompleta e imparcial. Bacon cita como exemplo o conhecimento advindo dos sentidos, que são tomados como verdadeiros, mas para ele, o intelecto humano é como um espelho que reflete a imagem de forma distorcida, corrompida, não podendo ser considerado como verdadeiro.
Ídolos da Caverna: Os Ídolos da caverna são os dos homens enquanto indivíduos. Bacon observa que cada pessoa tem sua caverna particular. Essa caverna intercepta e corrompe a luz da natureza. A partir daí se observa que o espírito humano é coisa vária, sujeita a várias perturbações. Essa disposição do espírito humano a buscar em seu mundo a verdade, afasta-o da verdade universal.
Ídolos do Foro: Os Ídolos do foro são os que advêm através das associações dos indivíduos do gênero humano entre si. Como as associações ocorrem através dos discursos e as palavras são cunhadas pelo vulgo, surgem às inadequações das mesmas diante do discurso. Algumas palavras podem ser usadas em sentidos diferentes por interlocutores e ambos concordarem aparentemente. Mas o modo como elas são impostas de maneira imprópria bloqueiam o intelecto, de forma tal que nem a correção de doutos seria capaz de restituir as coisas ao seu lugar, produzindo assim a perturbação do intelecto e conduzindo-o a inúmeras fantasias e controvérsias.
Ídolos do Teatro: Os ídolos do teatro têm suas causas nos sistemas filosóficos e em regras falseadas de demonstrações. Os falsos conceitos, são as ideologias, essas são produzidas por engendramentos filosóficos, teológicos, políticos e científicos, todos ilusórios. Os ídolos do teatro, para Bacon, eram os mais perigosos, porque, em sua época, predominava o