IRACEMA

IRACEMA

Iracema, a linda índia, a virgem de lábios de mel, retratada pelo clássico cearense José de Alencar e protetora das praias de Fortaleza, um dia teve uma inspiração: promover um encontro entre outras mulheres índias de outras tribos, convidando-as para virem aos dias de hoje. Então através de um ritual mágico, ela transpôs desde o passado até chegar aos momentos atuais para levantar reflexões sobre as relações entre os brancos dos tempos chamados modernos.
Vieram para tal encontro diversas índias de origens geográficas diferentes: dos caiapós, guaranis, carijós, cariris, tamoios, amaupiras, potiguaras, tapuias, goitacás entre outras representantes. Iracema que naturalmente que carregava valores de liderança foi a personagem estimulante das exposições e relatos dentro do grupo diante das reflexões diversas sobre o comportamento humano.
Por exemplo, estas mulheres indígenas achavam absurdo a postura violenta e até animalesca de alguns machos brancos diante de suas parceiras. Entendia que a luta ou a caça seria aceitável diante de um animal para prover a alimentação ou agasalho para seus dependentes, mas não era compreensível um parceiro tratar a sua índia como objeto de violência e até desprezo que se observa hoje entre nós.
Outra conclusão de estranhamento destas índias falava do papel feminino dos tempos atuais, quanto grande contingente de jovens brancas se permitem serem usadas com fins sexuais. Sim, mulheres que sem qualquer ritual mais significativo ou crenças positivas, elas se expõe como instrumento de venda e consumo. Uma índia potiguar chegou a colocar que notava em muitas brancas atuais formas de agir que não elevam a condição de mulher, mãe e parceira de seu companheiro.
Citou como exemplo a divulgação da venda de produtos, na qual a branca é submetida e aceita ser tratada como objeto de escambo, da mesma forma que muitos índios se submeteram com trocas oferecidas pelos colonizadores.A índia Goitacás, ao se declarar com um tom suave e