investigação cientifica da sociedade
Os mitos dão forma e aparência explícita a uma realidade que as pessoas sentem intuitivamente.
O mito de São Jorge, por exemplo, tão fortemente presente na cultura popular brasileira, pode ser entendido como a representação de um desejo coletivo da presença do guerreiro, do vencedor de demandas e dificuldades. No imaginário popular do Rio de Janeiro mistura-se o santo católico com a divindade africana Ogum, o guerreiro e lutador imbatível.
O mito pode também transmitir, de geração a geração, uma espécie de conhecimento, muitas vezes sobre a origem do mundo, algumas sobre processos de cura, outras sobre interpretações de fenômenos da natureza e, ainda, sobre a sociedade e a relação entre os homens, através de histórias mitológicas. Quem não ouviu falar do mito do cupido, que fala do enamoramento?
2.2. Conhecimento religioso
Esse tipo de conhecimento do mundo se dá a partir da separação entre a esfera do sagrado e do profano. As religiões também apresentam, de forma geral, uma narrativa sobrenatural para o mundo, porém, para aderir a uma religião, é condição fundamental crer ou ter fé nessa narrativa. Além disso, é uma parte essencial da crença religiosa a fé no fato de que essa narrativa sobrenatural pode proporcionar ao homem uma garantia de salvação, bem como prescrever maneiras ou técnicas de obter e conservar essa garantia, que são os ritos, os sacramentos e as orações.
2.3. Conhecimento filosófico
De modo geral, o conhecimento filosófico pode ser traduzido como amor à sabedoria, à busca do conhecimento. A filósofa Lizie Cristine da Cunha (2008) definiu o saber filosófico como aquele que trata de compreender a realidade, os problemas mais gerais do homem e sua presença no universo. Segundo a autora, a Filosofia interroga o próprio saber e transforma-o em problema. Por isso, é, sobretudo, especulativa, no sentido de que suas conclusões carecem de prova material da realidade. Mas, embora a concepção