Introdução à religião
Quase tão antigos como o próprio homem são os cultos religiosos. Surgidos quando do desenvolvimento cognitivo do homem acompanharam desde sempre a sua evolução, na busca de alguém ou alguma coisa que pudesse explicar os mistérios do Mundo.
No trovão e nos ecos dos seus próprios gritos o acreditaram ouvir as vozes dos deuses; no delírio e na fúria incontrolada daqueles que eram acometidos de epilepsia e distúrbios mentais pensaram estar diante de poderes demoníacos; na caça abundante, na chuva fecunda e na generosidade da natureza acreditou estar perante as bênçãos dos céus, os nossos primitivos antepassados descobriram então Deus e tornaram-se religiosos, a partir desta veneração e como forma de afirmação social de poder num grupo surgiram as primeiras divisões sociais com o topo do poder a pertencer aos membros do grupo “especializados” no contacto com o divino, com os deuses da natureza, surgia então o Paganismo.
Mais tarde e à medida que as sociedades dos grandes rios (Nilo, Eufrates, Tigre e Amarelo) iam evoluindo, entre o 4º e 2º milênio, a.C. foram-se desenvolvendo novos sistemas de crenças religiosas que foram evoluindo até formarem os primeiros códigos religiosos, verdadeiros códigos de vida, e que muitas vezes era a base política, social e econômica de vastos impérios, já que explicavam em função do politeísmo e da adoração de ídolos com características humanas animais e detentores de poderes extraordinários, os vários acontecimentos registrados, o significado da vida humana e a justificação do poder do soberano. São exemplos destas situações o Império egípcio, o Persa e as Civilizações Mesopotâmicas, entre outros.
Por volta de 1800 a.C., surgia uma nova “ordem” religiosa, primeiro na pessoa de Abraão, em que se defendia o monoteísmo entre outras “novidades”, a este profeta atribui-se a fundação das três principais religiões monoteístas (o Judaísmo, o Cristianismo e posteriormente o Islamismo); e paralelamente no outro