FILOSOFIA E RELIGIÃO
“Eu só acreditaria em um Deus que soubesse dançar.”
Friedrich Nietzsche
O que nasceu primeiro: a filosofia ou a religião? Resposta difícil.
O livro que você tem em mãos não pretende oferecer essa resposta.
Talvez ajude você a caminhar na busca de mais perguntas; no entanto, serão perguntas maravilhosas, com sentido, necessárias.
Como seria bom se toda ciência tivesse a coragem de dialogar com a filosofia, entendendo que não seria um diálogo, como muitas vezes acontece, para procurar o que diz Sócrates ou Platão, por exemplo, sobre justiça, medicina etc. Não! Isso é um uso banal da filosofia. Esse diálogo de que falo é mais que um diálogo; é a coragem para deixar-se questionar e buscar sentido em todas as ciências e aí, sim, acreditar que pode haver uma filosofia do direito, uma filosofia da administração e uma filosofia da religião.
Quando uma ciência busca questionar-se por sua essência, dimensão teleológica e papel no mundo atual, então podemos dialogar com a filosofia. O texto que você tem em mãos procura fazer exatamente isso.
O autor não “utiliza” a filosofia ou a religião para doutrinar interessados no assunto.
Trata-se de uma busca questionadora. O texto tem a coragem de mostrar aspectos que nem sempre teólogos e religiosos estão interessados em destacar. E, ao assim proceder, o faz questionando. Eis talvez a primeira grande função da filosofia e dos filósofos: questionar e deixar-se questionar, não ter medo de receber a pergunta, encará-la e voltar a aprender com os dois grandes mestres da maiêutica, Sócrates e Jesus, que questionar é viver!
7
Trata-se de uma busca crítica. O texto é crítico porque estabelece critérios. Essa é a primeira função da crítica: estabelecer critérios. Nesse sentido, o texto é claro, pedagógico, indica caminhos, propõe problemas, indica bibliografia para aprofundar os temas, propõe exercícios e deseja que todos aprofundem a reflexão. Nossa sociedade está assentada na cultura da não