Filosofia da Religião
Escrito por Prof Renato Borges. Posted in Textos
Capítulo 1 – Introdução a uma filosofia da religião
A filosofia da religião tematiza a abertura a abertura do homem para o mistério que envolve de maneira positiva, aceitando-o. Tematiza, pois, a relação do homem com o santo ou numinoso no horizonte da autocompreensão humano (p.5). A religião realiza-se na existência humana. O Apelo de Deus como a resposta do homem verificam-se na existência. Assim sua existência religiosa se constitui a partir do divino. Por isso, na filosofia da religião, não se fala só do homem, mas também daquilo que é diferente dele, que é o transcendente (p.6). No cristianismo, por exemplo, é a revelação e a penetração do incondicionado no mundo condicionado (p.7). Segundo Hegel, a religião e a filosofia têm em comum a busca da verdade (p.11). Capítulo 2 – Descartes e Pascal: Racionalidade moderna e a fé
“a história é o combate entre a fé e a incredulidade”
W. Goethe
Sabemos que a (...) a razão nunca começa do ponto zero. A própria pergunta pela razão e pela liberdade é, historicamente, condicionada. Podemos perguntar: é realmente racional a confiança ilimitada na razão?(p.21)
Partindo da desconfiança universal, Descartes adota o procedimento conhecido por dúvida metódica, ou seja, de não aceitar nada que não ofereça garantia absoluta de verdade (p.25). “Pode-se demonstrar que há um Deus, apenas porque a necessidade de ser ou existir compreendida em a noção que temos dele”(Princípios nº14). E ainda: “Que não sendo nós a causa é Deus, e que, por consequência, há um Deus” (Princípios nº20). O Caminho cartesiano vai do cogito a Deus, a verdade objetiva. (p.28,29). Caberia indagar se o homem o homem pode ser reduzido à razão? (p.33) Pascal relativiza a certeza puramente racional e matemática: “conhecemos a verdade, não só pela razão, mas também pelo coração” (n.282)(p.35). Pascal não isola o homem do mundo, como fizera Descartes.