introdução a Filosofia
É possível pensarmos o “meio termo” aristotélico enquanto comportamento ético-político dos homens sendo desenvolvido ativamente no campo profissional contemporâneo? Justifique sua resposta com um exemplo.
Sim. As ações e os apetites não tem, em sua natureza, algo que determine sua tendência para a falta ou para o excesso. Por sua vez, a tendência à mediania expressa a virtude moral, expressa a excelência da faculdade desiderativa da alma. Pode-se notar que, para Aristóteles, a virtude é uma espécie de mediania já que visa o meio-termo e que é vista como disposição de caráter que tem relação com a escolha dos atos e das paixões.
A virtude é um meio-termo entre dois vícios. Um desses vícios envolve o excesso e o outro vício envolve a carência. Logo, cabe à virtude e à sua natureza visar a mediania tanto nas ações embora algumas ações não permitem um meio-termo por seus próprios nomes já implicarem, em si mesmos, maldade quanto nas paixões. Um dos extremos entre os quais a mediania se localiza é mais equivocado que o outro. Deve-se, portanto, estar atento aos erros para os quais tem-se maior facilidade para ser arrastado. Pode-se saber para qual erro se é arrastado ao se analisar o prazer e o sofrimento acarretado pelo mesmo. Ao descobrir para qual erro se tende mais, deve-se ir em direção oposta, ao outro extremo para que se chegue ao estado intermediário e, consequentemente, afastar-se do erro. Em todas as coisas, o meio-termo é digno de ser louvado, diz Aristóteles. Contudo, ora deve-se inclinar no sentido do excesso, ora da falta com a finalidade de se chegar mais facilmente ao que é correto e ao meio-termo.
Seminarista: Gleidson Junqueira e Elivelton Alves