Introdução a Dislexia do Desenvolvimento
1) Quais as características neurobiológicas da dislexia do desenvolvimento?
Forte evidência de hereditariedade, mas moldada por fatores ambientais em uma complexa interação;
Presença de alterações cerebrais e cerebelares variadas;
Durante o processo de identificação das palavras, os disléxicos promovem a superativação das regiões posteriores e, algumas vezes, a hiperatividade das regiões frontais;
A base neural do reconhecimento de palavras é plástica, maleável e responsiva à remediação/intervenção;
A dislexia ocorre em todas as línguas, sendo que algumas facilitam mais a sua expressão do que outras de acordo com as características linguísticas e ortográficas, possibilitando inúmeros estudos que se opõem quando demonstram as bases neurobiológicas universais da Dislexia do Desenvolvimento, onde um consistem no processamento fonólógico, e o outro que as diferenças entre as línguas se devem à utilização de diferentes estruturas ortográficas, e não ao processamento fonológico.
2) O que é dislexia? Como se manifesta?
A Dislexia após várias definições como “cegueira verbal” em 1896, “distúrbio específico de leitura” em 1925, “disfunção cerebral mínima” e assim por diante, atualmente o conceito mais aceito de dislexia é um tanstorno específico da aquisição e do desenvolvimento da aprendizagem da leitura, caracterizado por um rendimento em leitura inferior ao esperado para a idade e que não se caracteriza como o resultado direto do comportamento da inteligência geral, lesões neurológicas, problemas visuais ou auditivos, distúrbios emocionais ou escolarização inadequada.
Manifesta raramente de forma isolada, sendo que todos os sintomas podem ser o reflexo de uma disfunção em diferentes componentes do mesmo sistema neural, em quadros como distúrbio específico de linguagem (DEL), transtorno do desenvolvimento da coordenação (TDC), transtorno do deficit de atenção e hiperatividade (TDAH), como