Introdução do rh no trabalho no brasil
De 1900 a 1950
No início de 1900, a representatividade do trabalhador industrial no Brasil era restrita, tendo em vista que a grande maioria da população, cerca de 80%, habitava no campo. Essa foi, conforme descreve Toffler (2000), “a primeira onda”, fase caracterizada por uma economia essencialmente agrícola. Contudo, no início do Século XX, o movimento trabalhista era intenso e isso se devia, em parte, à influência dos imigrantes europeus, principalmente os alemães, os italianos e os poloneses que se instalaram, em sua maioria, em São Paulo e nos estados do Sul do país. Esses imigrantes exerceram influência notável nas relações trabalhistas brasileiras dessa fase, em virtude do seu elevado nível cultural, grau de instrução e de politização. Trouxeram, também, a sua experiência no campo sindical, que foi incorporada ao ambiente de trabalho e refletiu na mentalidade e na conduta do trabalhador brasileiro (AQUINO, 1980).
Assim, o clima era favorável para o trabalhador lutar pelos seus direitos de participação e de melhores condições de trabalho. Gil (2001) destaca a ocorrência de 28 greves em São Paulo nesse período, duas delas gerais: em 1907 e1917. Esta última, vista como uma das mais importantes, alertou os dirigentes das empresas e o Poder Público para a urgência da aplicação de medidas de proteção ao trabalhador, o que resultou numa campanha para a criação de cooperativas, visando baratear os gêneros básicos de consumo.
Serson (1990, p. 31) observa que esse foi o primeiro passo das empresas em direção à Administração de Recursos Humanos, e, destaca que, “[...] desde quando se encontra no Brasil trabalho livre, desde quando há empresas e empregados, encontra-se administração de pessoal”. O autor comenta, ainda, que o trabalhador era admitido pela empresa, que o pagava enquanto ele era útil e o dispensava de forma simples. Não havia nenhuma espécie de seleção e treinamento, somente o Livro de Escrita de Pessoal ou as