Introducao o do Inatismo
A. Concepção de aprendizagem na visão inatista
Davis e Oliveira afirmam que:
A concepção inatista parte do pressuposto de que os eventos que ocorrem após o nascimento não são essenciais e/ou importantes para o desenvolvimento. As qualidades e capacidades básicas de cada ser humano – sua personalidade, seus valores, hábitos e crenças, sua forma de pensar, suas reações emocionais e mesmo sua conduta social – já se encontrariam basicamente prontas e em sua forma final por ocasião do nascimento, sofrendo pouca diferenciação qualitativa e quase nenhuma transformação ao longo da existência. O papel do ambiente (e, portanto, da educação e do ensino) é tentar interferir o mínimo possível no processo do desenvolvimento espontâneo da pessoa. (DAVIS e OLIVEIRA, 1994, p 27).
Na concepção denominada inatista, o individuo nasce trazendo em sua inteligência os princípios racionais e algumas ideias que compreende como verdadeiras sobre o mundo. Por isso, essas são ideias inatas, ou seja, já encontram-se praticamente prontas no momento do nascimento. Onde o papel do ambiente é praticamente desprezado e o educador apenas trás o saber a consciência do aluno, ajudando-lhe na organização.
As origens da posição inatista podem ser encontradas, de um lado, na Teologia: Deus, de um só ato, criou cada homem em sua forma definitiva. Após o nascimento, nada mais haveria a fazer, pois o bebê já teria em si os germes do homem que viria a ser. O destino individual de cada criança já estaria determinado pela “graça divina”.
Do outro lado, a posição inatista apóia-se num entendimento errôneo de algumas contribuições importantes ao conhecimento biológico, tais como a proposta evolucionista de Darwin, a Embriologia e a Genética. (DAVIS e OLIVEIRA, 1994, p 27-28).
Dando continuidade a leitura do Livro Psicologia da educação, destaco como origem para esta visão de concepção inatista na aprendizagem as seguintes posições: