Computadores do futuro ficar o
Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/04/2014
Não será preciso alterar toda a estrutura dos computadores - bastará usar as memórias spintrônicas no nível mais elevado. [Imagem: Koji Ando et al./10.1063/1.4869828]
Um computador precisa estar ligado para ser útil, certo?
Talvez não. E definitivamente não se você levar em conta que o "tempo" de um computador é bem diferente do "tempo" de um ser humano.
Por exemplo, com clocks internos na faixa dos nanossegundos, o tempo que decorre entre você digitar duas letras no teclado parece uma eternidade no ócio para um processador.
Mais ainda enquanto você pensa no que vai escrever, ou simplesmente fica lendo um texto ou uma notícia.
O problema existe porque a maior parte dos computadores é feita de componentes como transistores e células de memória que são voláteis, ou seja, perdem a informação quando a energia é desligada.
Isto exige o uso permanente de eletricidade para regravar continuamente esses dados - o que dá um outro sentido à expressão "computador normalmente ligado".
Pois o que uma equipe de pesquisadores japoneses está tentando fazer é construir computadores que fiquem "normalmente desligados".
Junção túnel magnética
A ideia já vem sendo cogitada há algum tempo, e começou a ganhar ares de praticidade com o desenvolvimento das memórias STT-RAM (spin-transfer torque random access memory), mais conhecidas como memórias spintrônicas.
"Memória universal" usa propriedades quânticas e não perde dados
Agora, Koji Ando e seus colegas do instituto japonês AIST estão vislumbrando um novo patamar nesta área com a adição da magnetorresistência às memórias spintrônicas, criando as STT-MRAMs, ou memórias de transferência de torque por meio da rotação do spin magnetorresistivas.
A memória STT-MRAM é baseada em um componente conhecido como "junção túnel magnética (MTJ - magnetic tunnel junction), cujo funcionamento é inteiramente ditado por fenômenos quânticos.