INTERVENÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA EDUCAÇÃO FORMAL
Dolores Francisca Magalhães Coutinho1 *
Fatima da Costa Carvalho ² *
Resumo
Neste trabalho investigamos a importância dos Movimentos sociais que constituem fenômenos históricos de caráter coletivo, que expressam lutas sociais em contextos sociopolíticos determinados. Ao longo de uma década dentro de formatação diferenciada, denunciam as questões emblemáticas vivenciadas nas diferentes esferas sociais. São eles os principais protagonistas na construção de políticas de ação afirmativas, demarcando o empoderamento indenitário (étnico-raciais, de gênero, orientação sexual, de caráter religioso etc.), rediscutindo os paradigmas explicativos da realidade.
PALAVRAS-CHAVE: Multiculturalidade, Paradigmas e Escola,
Introdução
Quando se pensa em educação para todos, discutimos sobre igualdade, estamos compelidos a levar em consideração um pensamento positivista em que todos são iguais. Para Habermas (1998) isso se trata de um referencial do modernismo político que nos acostumou a tratar igualmente seres desiguais, em vez de tratá-los de modo desigual. Essa ideia de Habermas nos elucida o quanto enganosamente vem sendo tratada a grande diversidade existente na sociedade.
Entendendo que os Movimentos Sociais são ações afirmativas que possibilitam um olhar multicultural da sociedade na contemporaneidade, percebe-se como estes fatores estão presentes na educação formal.
Sendo a escola uma reprodutora ou transformadora da realidade, faz-se mister que a mesma dialogue as ações afirmativas intra-muros escolares, e para tanto devem ater-se as questões multiculturais, nas suas dimensões política e pedagógica, promovendo currículos com perspectivas multiculturais. Diante do exposto percebe-se que as perspectivas curriculares multiculturais são ações afirmativas que possibilitam a concretização dos seus objetivos, além da legitimação e o acesso das minorias de grupos, como também ratificar e