Intervenção Asylo
O presente projeto de intervenção consiste na realização de rodas de conversa sobre espiritualidade/religiosidade com os idosos do Asylo de Rio Grande. Se consultarmos os dados do último censo do IBGE em 2010 veremos que mais de 90% da população brasileira possui alguma forma de religiosidade ou religião. Tais perspectivas sobre a realidade estão amplamente enraizadas na cultura brasileira. Conhecido como um país religioso o Brasil possui variadas confissões de fé. A matricialidade dessas crenças é, também, múltipla. Aqui existem religiões de origem européia, africana, indígena e asiática. Importante elemento sócio-cultural a religiosidade/espiritualidade é um fenômeno essencial para compreensão da vida cotidiana de milhões de brasileiros. Sendo assim, em termos de saúde mental tal aspecto da vida deve ser fator imprescindível tanto em intervenções quanto em pesquisas científicas na área. Cabe aqui fazer um esclarecimento importante acerca da intervenção. Não existe qualquer preferência por uma ou outra tradição espiritual, nem sequer é objetivo da intervenção promover qualquer forma de religiosidade. Tão pouco importa para a intervenção se os participantes são filiados ou não a qualquer seita ou organização religiosa. É importante pontuar também que quando falamos sobre espiritualidade não nos referimos a religião, visto que esse aspecto da vida humana não está amarrado a uma ou outra doutrina com crenças e rituais estabelecidos. Toda religião tem como fundamento a experiência com uma realidade transcendente e misteriosa sobre a qual estabelece, ritos e dogmas, tornando-se institucional. Já a religiosidade ou espiritualidade confunde-se com essa própria experiência sendo por tanto de caráter subjetivo e desvinciliado de religiões. (OLIVEIRA & JUNGES, 2012) Em estudo realizado em São Leopoldo (RS) em 2012 com psicólogos de instituições públicas e privadas percebeu-se uma relação estreita entre espiritualidade e saúde mental. Ou seja, quando