Intervalo escolar: tempo e espaço educativo como intervenção na violência das escolas
Este trabalho foi desenvolvido numa Escola da Rede Publica de Ensino e busca analisar os diferentes significados que o fenômeno da violência adquire em contextos sociais diversos e as formas como se manifesta no cotidiano da escola, a partir dos relatos dos alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental. Com este trabalho, procurou-se identificar pistas que possam contribuir com propostas para a prevenção da violência e buscar também refletir sobre novas estratégias para o enfrentamento da violência a partir de sua interseção no cotidiano da escola. A violência protagonizada pelos jovens nas escolas é uma realidade inegável. A sociedade terá que se organizar e agir ativamente contra este fenômeno. De igual modo, a escola terá que ajustar os seus conteúdos programáticos e acercar-se mais às crianças. Devido às exigências, as famílias muitas vezes destituem-se da sua função educativa, delegando a escola. No meio de toda esta confusão, estão às crianças, que, atuam conforme aquilo que observam e agem aos estímulos do meio. Meio esse que por vezes oferece modelos de conduta e referências positivas questionáveis. A sociedade mundial tem sido um pouco indiferente relativamente aos seres que são socialmente frágeis e que muitas vezes adotam condutas violentas como forma de proteção e ou imitação. A violência nas escolas não é um fenômeno novo. Todavia tem vindo a assumir proporções tais que a escola não sabe que medidas tomar para sanar este problema. Pretende-se com este trabalho fazer uma breve abordagem sobre os fenômenos da violência exercida por jovens nas escolas e observar como a escola utiliza o intervalo para amenizar essa violência. Ao longo deste trabalho serão alvo de reflexão o fenômeno de violência e como ela se registra na sociedade; a violência nos jovens frutos da ausência de referências positivas no meio onde eles vivem; análise da violência e suas implicações no contexto