INTERTEXTUALIDADE

INTERTEXTUALIDADE
Reiterando tudo o que foi dito pelo grupo A, pode-se definir a intertextualidade como sendo um diálogo entre textos. Esse diálogo pressupõe um universo cultural muito amplo e complexo, pois implica na identificação e no reconhecimento de remissões a obras ou a trechos mais ou menos conhecidos. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem dos textos e/ou contextos em que ela é inserida. Evidentemente, esse fenômeno está ligado ao conhecimento de mundo que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor dos textos.
A proposta da Juliana e da Terezinha era que cada grupo B apresentasse e analisasse exemplos sobre os verbetes estudados para tornar o aprendizado mais leve e proveitoso. Sabendo disso, decidimos que cada uma das três participantes escolheria e apresentaria um exemplo do verbete intertextualidade. Torna-se importante mencionar que o diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento, não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.
O meu exemplo é o poema Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque de Holanda, que foi publicado em 1970 e relançado em 1979 com as ilustrações do grande chargista Ziraldo. O clássico trata das aventuras de uma menina que tinha medo de tudo (inclusive medo do medo). Sabendo que havia um lobo no outro lado da montanha, a menina decide sair em busca de uma resposta para suas dúvidas e receios e também para satisfazer a sua curiosidade. Essa obra nos remete à magia do conto de fadas Chapeuzinho Vermelho, de Charles Perrault, construindo um novo texto e atualizando o diálogo com o tradicional, estabelecendo, assim, uma relação intertextual. É valido ressaltar que há, neste novo conto, uma inversão total da história Perraultiana. Pode-se caracterizar a narrativa Buarqueana, então, como uma paródia contendo traços de elementos clássicos da literatura infantil, revestindo-os com novas roupagens, vale dizer, com novos