Interfaces e Superfícies
São Paulo
2014
Camila Delgado de Oliveira
Pesquisa Tecnica: Interfaces e Superfícies
Pesquisa técnica apresentada a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como atividade da disciplina de Ciência e Tecnologia dos Materiais
Prof. Dr. Sara Dereste dos Santos
São Paulo
2014
Sumário
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DAS SUPERFÍCIES E INTERFACES
3. CONSIDERAÇÕES TERMODINÂMICAS
4. MOLHAMENTO
5. EFEITOS TENSOATIVOS E ELETROCINÉTICOS
6. ADSORÇÃO
7. ADESÃO
8. BIBLIOGRAFIA
1. INTRODUÇÃO
A superfície de um corpo ou de uma fase são regiões de fronteira e possuem propriedades que as distinguem do interior do corpo ou do interior das fases. As interfaces estão repletas de ligações interrompidas e, devido a este fato, existe um excesso de energia de superfície , que é medida em energia por unidade de área da superfície.
Na interface entre duas fases ou dois corpos, o estado de agregação dos átomos e a composição química variam de um modo abrupto. Os átomos da superfície não se encontram em equilíbrio, pois não estão nem em um corpo nem em outro, nem em uma fase nem em outra. Existe uma abundância de ligações não satisfeitas, de nuvens eletrônicas distorcidas porque os átomos da superfície perderam alguns dos primeiros vizinhos. A energia em excesso tem relação com o número de átomos que compõe a superfície e é, portanto, proporcional à área superficial.
Por convenção, utiliza-se o termo superfície para a fronteira que separa duas fases, sendo uma delas gasosa. Também por convenção, a fronteira entre duas fases não-gasosas é chamada de interface. Quando se trata de fases num sólido, existem os contornos de grão, que são superfícies entre grãos de orientações cristalográficas distintas.
As superfícies são importantes no estudo das microestruturas, no estudo do atrito e do