Inteligência Cultural
Muitas pessoas me escrevem perguntando sobre como podemos nos tornar mais eficazes no nosso aprendizado e no desenvolvimento da nossa Gestão de Inteligência Cultural. Também escuto muito a pergunta: e eles, os outros, como nos veem? Como nos percebem e aceitam? Pois bem, em virtude disso, decidi colocar este artigo no ar para ajudar quem está pretendendo ou navegando já nesses mares de Diferenças Culturais. Este texto tem a finalidade de chamar a atenção para o fato que as culturas têm diferentes estilos de aprendizagem, pois cada uma delas tem um determinado modo de aprender. Algumas compartilham a confiança, método construtivista de ensino e treinamento, no qual o professor ajuda os estudantes a chegarem à sua própria conclusão, sozinhos. Outras culturas, como a do México, por exemplo, tem uma cultura de grande distância de poder, que, segundo Geert Hofstede, significa submissão à autoridade ou hierarquia. Um país com grande distância de poder tolera mais facilmente um comportamento autocrático onde o que o superior falar será prontamente aceito e incontestado.
Numa cultura baseada no parágrafo acima exposto os alunos tendem a se submeter à figura do treinador, esperando que ele saiba todas as respostas.
Dependendo da colonização de um país podemos notar também essa característica nos processos de ensinamento e treinamento. Países que tiveram colonizadores por muito tempo, em geral se submetiam à sua autoridade, sem retrucar.
Para exemplificar, podemos citar a experiência de John White, um funcionário inglês de uma empresa multinacional e que foi contratado para treinar donos de negócios de pequeno e médio porte, na área de vendas na Cidade de Veracruz. Sua função era que eles passassem a utilizar técnicas gerenciais de mercado mais modernas.
Ele foi enviado ao México graças à sua experiência, adquirida ao longo de 15 anos de trabalho similar com gerentes da Itália, Espanha, Grécia,