Inteligencia Cultural
Inteligência Cultural
O conceito de inteligência cultural pode ser definido como o conjunto de capacidades necessárias para a adaptação e atuação em novos contextos culturais (Sternberg, 1997), juntamente com a capacidade de interação com pessoas culturalmente diferentes (Thomas, 2006).
Kihltrom e Cantor (2000) defendem que nesse processo de adaptação e interação, a que se dá o nome de inteligência cultural, é necessário o ser humano saber compreender-se a si mesmo e aos outros numa situação social, isto é, ser capaz de interagir de forma eficaz com os outros – a chamada inteligência social. Para tal, Goleman (1995) refere que é fundamental o ser humano ter capacidade de perceber os estados emocionais dos outros para melhorar a sua interação, chamando-lhe inteligência emocional.
De uma forma geral, a inteligência cultural apoia-se na inteligência social e emocional para que a adaptação e interação com ambientes culturalmente diferentes seja feita de forma eficaz. Deste modo, sentimentos como satisfação e bem-estar são característicos de uma interação cultural eficaz que contribui para o desenvolvimento de boas relações entre pessoas culturalmente diferentes.
Cultura de Metacognição
A Cultura de Metacognição, definida como o controlo das atividades do pensamento e aprendizagem (Flavel, 1979 & Swanson, 1990), ocupa uma posição central na conceptualização de Inteligência Cultural.
Apesar da Cultura Metacognitiva ser a vertente da Inteligência Cultural que está mais afastada do contexto cultural em que foi formado, segundo Flavell (1979) os pensamentos da metacognição são deliberar e planear comportamentos mentais orientados para o futuro. Embora nem todos os autores concordem com estes aspetos da metacognição, parece que há um consenso geral em que a metacognição envolve a capacidade de consciência e deliberação mental dos processos de conhecimento dos estados cognitivos e afetivos, ou seja, a capacidade do ser humano conhecer o seu grau de