Integração Imprópria
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Matem´atica
Departamento de M´etodos Matem´aticos
Integral Impr´opria
Integral impr´ opria em Rn (n = 1, 2, 3)
Autores: Angela C´ assia Biazutti e Ivo Fernandez Lopez
Introdu¸c˜
ao
A integral m´ ultipla (dupla/tripla) ´e apresentada, em geral, para fun¸c˜oes cont´ınuas por partes (logo limitadas) em regi˜oes fechadas e limitadas. No entanto, a defini¸c˜ao de integral pode ser estendida para fun¸co˜es que n˜ao s˜ao limitadas
´ o que se denomina integral de e/ou definidas em regi˜oes n˜ao limitadas. E
Riemann impr´ opria. Os livros de C´alculo que pesquisamos ou n˜ao abordam este t´opico, ou o fazem de modo muito superficial. Os livros de An´alise quando o fazem, tratam de forma ou superficial ou sofisticada em excesso, para um primeiro contato. Por esta raz˜ao resolvemos escrever estas notas.
Antes de come¸car o estudo da integral m´ ultipla impr´opria, vamos ver (rever) o b´asico da integral impr´opria de uma vari´avel.
Integral Impr´ opria de uma vari´ avel Defini¸c˜ ao 1. Seja f cont´ınua por partes em [a, +∞). Define-se
+∞
N
f (x)dx = lim
N →+∞
a
f (x)dx , a se o limite for finito; de modo similar, se f cont´ınua por partes em (−∞, b], define-se b
b
f (x)dx = lim
−∞
M →−∞
f (x)dx,
M
2
se o limite for finito. Finalmente, se f cont´ınua por partes em R, b +∞
f (x)dx = lim
M →−∞
−∞
N
f (x)dx + lim
N →+∞
M
f (x)dx, b se ambos os limites forem finitos.
Observa¸c˜
ao 1. No caso da integral impr´opria existir, dizemos que ela ´e convergente, caso contr´ario dizemos que ela diverge.
+∞
Exemplo 1. Discuta a convergˆencia de
2
dx
.
x ln2 (x)
Utilizando a mudan¸ca de vari´avel u = ln(x), tem-se dx = x ln2 (x)
Assim,
du −1
−1
=
=
. u2 u ln(x) N
dx
−1
1
1
= lim (
+
)
=
N →+∞ 2 x ln2 (x)
N →+∞ ln(N ) ln(2) ln(2) logo a integral acima converge. lim +∞
dx
.
x