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Justiniano (Flávio Pedro Sabácio Justiniano) foi imperador bizantino desde 1º de agosto de 527 até o seu falecimento. Tendo nascido em Constantinopla em 11 de maio de 483 e morrido em 14 de novembro de 565, sucedeu seu tio Justino I no trono, após ter sido nomeado cônsul. Foi casado com Teodora, mulher de vida desregrada e de origem humilde. Era um imperador ambicioso, pois pretendia resgatar o momento de maior esplendor de Roma, ao implementar um projeto de expansão e unificação territorial.
Ficou marcado também pelo seu autoritarismo. Seu governo é caracterizado pela cobrança de altos impostos, fortalecendo bastante a desigualdade entre pobres e ricos, tão marcante no período em que governou. Ademais, é descrito como um governo autocrático e burocrático. A primeira característica advém da superioridade do imperador que ficava no topo tanto político quanto religioso. Já a segunda característica em razão da enorme quantidade de funcionários públicos de que dispunha.
Justiniano tinha a pretensão de unir o Ocidente e o Oriente através da religião (“Um Estado, uma Lei, uma Igreja”). Tentou solidificar a doutrina monofisista, tendo ampla aceitação no Egito e na Síria. Implacável, Justiniano perseguia judeus, pagãos e heréticos, justamente com a intenção de impedir a existência de religiões diversas daquela que considerava correta. Evidências disto é o fechamento da Escola Filosófica de Atenas, símbolo pagão da Academia de Platão e considerar extinto o Talmude (Livro Sagrado dos judeus) das sinagogas.
Seu interesse neste campo era tão grande que chegava a se intrometer em assuntos próprios da Igreja.
[...] sob a influência de Teodora, favorável aos monofisistas, mandou deportar o papa Silvério para a Ásia Menor; submeteu o papa Virgílio, residente em Constantinopla, e impôs à Igreja a autoridade imperial pela pragmática de 554[3].
A grande ambição de Justiniano era o restabelecimento do Império Romano como um só. Para tanto,