inteligência humilhada
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Santo Agostinho nos diz que só conheceremos nossos limites e imperfeições, quando conhecermos a Deus que é o conhecedor de nós, “que eu te conheça como de ti sou conhecido” (confissões de Santo Agostinho, 2007, livro X.I), conhecer à Deus nos traz a revelação de quem somos, está é a revelação que ele chama de “abismo da consciência humana” (confissões de Santo Agostinho, 2007, livro X.II), se Deus assim quiser podemos passar a vida inteira sem termos o conhecimento especial de quem Ele é. João Calvino usa a palavra “Jamais”; “o homem jamais pode ter claro conhecimento de si mesmo, se primeiramente não contemplar a face do Senhor, e então descer para examinar a si mesmo” (As institutas de João Calvino, 2002, Volume I.1.2), Santo Agostinho também falou “Confessarei, portanto, o que sei de mim, e também o que de mim ignoro, porque o que sei de mim só o sei porque me iluminas, e o que de mim ignoro continuarei ignorando até que minhas trevas se transformem em meio-dia, em tua presença”, (confissões de Santo Agostinho, 2007, livro X.V). Só podemos ter consciência da escuridão que estamos se os nossos olhos forem abertos pelo iluminar de Deus. João Calvino afirma que “é o que acontece com olhos só acostumados a verem a cor negra; uma brancura um tanto obscura ou mesmo acinzentada é, para esses olhos, a mais alva brancura. Todavia, menos se pode compreender as qualidades da alma e mais enganados seremos nessa compreensão, comparando-a com a nossa visão física. No entanto, quando em pleno dia olhamos para o solo ou para as coisas que estão ao nosso redor, achamos que a nossa visão é clara e firme. Mas quando elevamos o nosso olhar diretamente para o sol,