Biografia Norberto Bobbio
Preso duas vezes por suas ideias contrárias ao fascismo, em 1942 e em 1944. Entre o período das duas prisões, casou-se com Valeria Cova, onde tiveram três filhos e viveram juntos por quase 60 anos.
Decidiu não concorrer a cargos políticos de seu país, porém isto não impediu Bobbio de influenciar ativamente na política, sempre presente e participante. Professor emérito das universidades de Turim, Paris, Buenos Aires, Madri e Bolonha. Autor de mais de vinte obras, foi nomeado senador vitalício pelo presidente italiano Sandro Pertini, em 1984.
Bobbio se auto definia como um militante da razão. Dizia que embora o homem moderno tenha desvendado milhões de coisas que eram desconhecidas dos antigos, o mundo de hoje é cada vez mais incompreensível, menos transparente. Bobbio sempre defendeu o individualismo diante do Estado, tanto que foi um apaixonado pelos direitos individuais.
Considerava os tribunais para julgar crimes de guerra a maior conquista do seu século.
Sua vasta obra estuda a filosofia do direito, a ética, a filosofia política e a história das ideias. Abordam-se nessas obras as ligações entre razões de Estado e democracia, além de temas fundamentais, como a tolerância, relacionada ao preconceito, ao racismo e à questão da imigração na Europa atual, obrigada a conviver com diferentes crenças religiosas e políticas. Bobbio acreditava que a democracia precisa de cidadãos comprometidos com o combate a todo tipo de preconceito e com a prática diária da tolerância.
O jornal francês "Le Monde" chamou Bobbio de "mâitre-à-penser" (mestre do pensamento) do século 20, no mesmo patamar de Raymond Aron e Jean Paul Sartre.