Inserção da mulher no mercado de trabalho

Inserção da mulher no mercado de trabalho

A partir do século XVII o movimento feminista passou a adquirir um caráter político e as mulheres, que antes deveriam exercer apenas o papel de boa dona do lar, esposa e mãe, começa a lutar por direito de igualdade numa sociedade em que os homens dominavam o mercado de trabalho. A participação das mulheres no mercado de trabalho somente surge com as I e II Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945) onde elas se vêem diante da necessidade de sustentar a família, visto que seus maridos haviam ido para a Guerra, assumindo assim os negócios que antes eram realizados por eles.
No momento em que as mulheres começam a ser inseridas no mundo do trabalho elas não são valorizadas e não tem boa aceitação por parte da sociedade:

[...] As que ficavam viúvas, ou eram de uma elite empobrecida, e precisavam se virar para se sustentar e aos filhos, faziam doces por encomendas, arranjo de flores, bordados e crivos, davam aulas de piano etc. Mas além de pouco valorizadas, essas atividades eram mal vistas pela sociedade. (PROBST, 2003, p.1).

Segundo Rousseau (Rousseau, 1992), os homens "seriam mais aptos à vida pública, ao Trabalho e às atividades intelectuais" e a mulher era "dotada de características físicas e morais, como a passividade e a subordinação, condizentes com as funções maternas e a vida doméstica" e que se deviam instruir as meninas para a formação de um caráter submisso e passivo, condição para o sucesso do casamento e da vida familiar. Ele assegurava que, se a classe feminina não conseguisse cumprir a tarefa que para ela estava reservada, "era preciso criar o hábito da obediência, através da disciplina e do constrangimento constantes", ou seja, ele defendia a tese da violência contra a mulher, com a defesa de domesticá-la. Pode-se analisar que o avanço da inserção da mulher não seguiu de uma política de reconhecimento do trabalho por ela desempenhado. O zelo com os filhos, marido e casa ainda continuava sendo