A inserção da mulher no mercado de trabalho
No modo de produção capitalista, a família deixa de ser um centro “econômico”, até então avaliado como tal, já que as responsabilidades reprodutivas e domésticas ficam agora bem definidas e separadas das funções diretamente produtivas. Essa separação sugere o aparecimento da autonomia econômica individual mais exacerbada para o homem e em muito menor escala para a mulher (NOGUEIRA, 2008). Deste modo, essas informações nos permitem dizer que o valor pago para a força de trabalho feminina é muito menor do que o pago para a masculina, sendo que o mundo do trabalho feminino é mais precarizado, acarretando assim, uma desigualdade acentuada entre os sexos.
Com base nos estudo de Nogueira (2004), conferimos que há algumas áreas do setor produtivo em que prevalecem a mão de obra feminina, tendo como predomínio em diversos setores, tais quais: setores de serviços (serviços domésticos), de escritório, saúde e comércio. Na indústria se destacam na confecção de vestuário, no setor têxtil na confecção de sapatos e acessórios.
Assim como nas áreas do setor econômico, há também nas áreas do conhecimento uma diferenciação entre homens e mulheres Sendo essa afirmação comprovada através de pesquisa em cursos que tem uma expressiva participação masculina, tais como: Ciências Exatas e da Terra, Ciências Agrárias, Engenharias, tecnologias. E outras que tem uma maior e quase exclusivamente participação feminina que são das áreas de humanas, biológicas, saúde entre outras. Há razões históricos e culturais que esclarecem o menor comparecimento das mulheres em áreas tradicionalmente ocupadas por homens, essa concentração de mulheres em determinadas áreas não se dão por acaso, desde o século XIX, quando a tarefa de cuidar da casa, ensinar as crianças falar, ler e escrever foi atribuído às mulheres, essas áreas do conhecimento eram tidas como vocação feminina socialmente construída.
REFERÊNCIAS
NOGUEIRA, Claudia M. Notas