Infância nas vozes das crianças.
Fernanda Müller.
Trabalho apresentado à disciplina: Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem.
Esse artigo foi feito com base numa pesquisa realizada em uma turma de Educação Infantil, na cidade de São Leopoldo – RS, a “Turma do Pré ”.
Crianças sempre existiram independentemente das concepções que se tinham delas, durante a Idade Média as crianças eram consideradas como seres biológicos, sem estatuto social nem autonomia. Com a Modernidade surge então a ideia contemporânea de infância como categoria social. O principal berço é a escola e a família. A Modernidade elaborou um conjunto de procedimentos que configuram uma administração simbólica da infância.
As concepções sobre a infância variam historicamente e estão sempre em mudança, os processos de socialização da criança sempre motivaram preocupação central nos círculos acadêmicos, pedagógicos e familiares. Para o pensamento tradicional, a socialização teria o sentido de transformação social da criança em adulto, tendo como único critério o crescimento físico. Para Willian Corsaro que é referência mundial em pesquisas sobre culturas infantis, as crianças são responsáveis por suas infâncias e logo tem participação social-bilateral: afetam e são afetadas pela sociedade.
Existem duas crenças da Sociologia da Infância apontadas por Willian Corsaro...
As crianças são agentes ativos que constroem suas próprias culturas e contribuem para a produção do mundo adulto.
A infância é parte da sociedade. É fundamental conhecer as crianças para entender a sociedade nas suas contradições e complexidades, logo são elas as melhores fontes para o entendimento da infância. Com certeza as crianças realizam processos de significação que são específicos e diferentes daqueles produzidos pelos adultos. Alan Prout professor da Universidade de Warwick no Reino Unido traz a emergência de um novo paradigma da infância. Uma primeira ideia seria