amor
VOZES DO CAMPO: MEMÓRIAS DA INFÂNCIA E DA
ESCOLA NOS ESPAÇOS DE FORMAÇÃO NO CURSO
PEDAGOGIA DO CAMPO/PARANÁ
Noeli Valentina Weschenfelder1
Resumo: Este artigo pretende trazer alguns elementos para reflexão no campo da educação popular, tomando como ponto de partida o trabalho com a memória num espaço de formação docente. A experiência é compartilhada no coletivo, quando são problematizadas concepções como identidade e experiência, em narrativas pessoais, colhidas durante o mês de julho de 2007, junto aos 46 estudantes dos movimentos sociais do campo que frequentavam em tempo integral o Curso de Pedagogia para Educadores e Educadoras do
Campo, no Estado do Paraná. Em espaços de sala de aula e em momentos livres, foram ouvidas e registradas vozes individuais e coletivas de homens e mulheres que assumiam seu projeto de formação acadêmica, paralelo ao processo de luta em favor da Reforma Agrária. A escola e a universidade estão sendo consideradas instituições socioculturais, potentes espaços para escuta de vozes ausentes nos currículos, de modo especial nos cursos de formação de professores. A experiência de formação e escolarização construída e vivenciada pelo Movimento dos Agricultores Sem Terra/MST é marco referencial para políticas de Educação do Campo. Nesse sentido, há entendimento da educação como um direito de todos os camponeses, tanto adultos, quanto crianças
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Professora do Programa do Mestrado em Educação nas Ciências da Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí). Componente do Grupo Interinstitucional de Pesquisa em Educação Básica (Gipeb). Coordenadora do grupo de Estudos Crisálida: Infância,
Sociedade e Cultura/Unijuí. E-mail: noeli@unijuí.edu.br.
Práxis Educacional
Vitória da Conquista
v. 6, n. 8
p. 89-106 jan./jun. 2010
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Noeli Valentina Weschenfelder
e jovens. A escuta e o registro das vozes nos processos formativos e de escolarização possibilita rememorar e